25 de agosto de 2017

O (trans)tornado e suas calmarias


Foto: Karla Vidal


Todos os dias, sou apresentado a um desconhecido
A quem amo amar
Nele posso ancorar meus naufrágios

Vela e farol se tornam desnecessários
Porque sinto que minha luz está reaprendendo a se acender

Prefiro beijar a falar da vida alheia
E pós-firo segredar a segregar

Quem quiser dormir abraçado comigo
Não pode ter intolerância a liberdade

Depois que atravessei clandestinamente
A fronteira de mim mesmo
Perdi a vergonha
De ser fiel ao eu que me tornei

Quero te emprestar um pouco
Desse tornado doce
Mas, a prioridade
É me dar a mim mesmo

As pessoas acham tanta coisa a desrespeito dos outros
E vivem tão perdidas

Um abraço de portas abertas
E estreitos ensolarados
É melhor que qualquer achismo

Invada-me, como um cavalheiro,

E me prove que há ciência na astrologia

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