23 de abril de 2014

As Confissões de Aristóteles: Entre o amor e a amizade... Entrem e fiquem à vontade: nus de preferência


Fonte da imagem: Paxprofundis.org

Um trecho inédito da Metafísica de Aristóteles foi achado durante escavações arqueológicas feitas num Curtir do Facebook. Quem me contou foi um ilustre poeta desconhecido sobre o qual sei tudo um pouco...
Algo jamais pensado: Aristóteles escreveu confissões que, talvez, tenham inspirado Santo Agostinho
Mas, as confissões de Aristóteles, ao contrário das de Adão, não tinham por fim expiar culpas, mas sim pedir licença à nudez para se despir um pouco do olhar dos deuses e ficar à vontade

Dizia Aristóteles:


“Por que não posso fazer amor com meu amigo?
Fazer amor não tanto pelo êxtase da troca de fluidos corporais (o que, certamente, já é bastante interessante)
Quero fazer amor com meu amigo pelo êxtase de embalar sua nudez com a canção invisível de minhas pupilas
Somos amigos e, portanto, podemos ficar nus um diante do outro, deixando para trás
As pesadas vestes dos tribunais, das tribunas, do curriculum
Meu amigo amado que me ensinou como dizer obrigado, traduzindo o silêncio para japonês
Se os anjos vigilantes me vissem acariciando teus cabelos,
Deixariam que voltássemos ao Paraíso durante um milionésimo de segundo
Que teu corpo abraçado ao meu converteria em tempo vivo e infinito, deixando o Big Ben corado de vergonha e inexatidão
Não tenha medo, meu amor amigo, pois o que mais desejo é que possamos nos amar
E seguirmos amigos sem vergonha de havermos nos abraçado nus
E, continuando amigos, não será nada demais se quisermos, de vez em quando,
Emprestar os lábios um ao outro, um ao corpo do outro
Te desejo, amor, com a mesma intensidade que te respeito, amigo
Me emociona te reencontrar e te ver livre para seguir em frente
 Nosso segredo é um impávido pavio que faz o clímax se espalhar por todo o relevo do meu corpo
Teu carinho me faz sentir relevante
E, mesmo quando aparentas estar chateado,
Tua gentileza me faz subir ao porto mais alto do pódio
E gosto de ser como champanhe escorrendo pelos teus abraços e beijos
Me excita muito quando me perdoas, amigo querido,
Pois, não há nada mais orgásmico que a gentileza
Se eu puder ajudar a aliviar alguma dor ou preocupação que esteja deixando teu rosto sério
Me diz, para que eu possa rezar pelo teu amanhã
Que sejas feliz com quem amas, com quem tem a sorte de estar contigo
O que não impede que possamos fazer amor, de vez em quando, com nossos corpos
E sempre com nossas almas
Queria poder te dizer com palavras o que digo nessa escrita muda
Teu nome tem jeito de mar e
Ao som de um violoncelo, deixa-me nu, sem vergonha de amar
Amigo amoroso, amado amigo
Não há o que temer, pois te ver em paz e tranquilo é o mais poderoso afrodisíaco
Que poderia provar
Tu és lindo, antes e depois dos óculos
Tu es inoubiable
あなたを愛して


Ass.: Aristóteles

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