26 de novembro de 2013

Poema do sol nascido de óculos escuros

Foto by Karla Vidal



Poema do sol nascido em óculos escuros


Quando minha caricatura achou graça no meu rosto sem face,
Entendi que eram de amor desacreditado, mas ardente
Aquelas marcas indeletáveis de expressão

E, como era possível – perguntava-me –
Teu carinho ser, ao mesmo tempo, trilho e estação inatingível,
Desenhados no meu olhar à deriva
Olhar que preferia te rever a reencontrar a terra firme

Tentei querer te desejar o mal, mas uma franqueza acobertada pela ternura
Sugava do mais eu que havia em mim
O teu futuro mais lindo
E te ver sorrindo, elegante, com planos, e com aquele olhar esperançoso
(Que faria nascer o sol em quaisquer óculos escuros)
Me trazia de volta o rosto com face e sorriso

E o resto virá por acréscimo

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