7 de setembro de 2011

Série: Tarsila do Amaral e Freddie Mercury - Capítulo 2: Tarsila do Amaral, amiga de Chico Xavier


Tarsila do Amaral, Manteau Rouge (auto-retrato de Tarsila do Amaral), 1923, óleo sobre tela, 73 x 60cm.


Tarsila do Amaral era uma mulher decidida, empreendedora e visionária. Mas, como qualquer ser humano, não estava imune à depressão. A Grande depressão de 1929 a abalou financeiramente. Contudo, ela canalizou a energia deste abalo para seu trabalho artístico. 

Era manifestamente moderna, mas, na hora da dor, tornava-se romântica, procurando refúgio no universo da arte. A intensidade desta fuga é perceptível no fato de a artista não medir esforços em tentar se abrigar, por meio da pintura, no sonho e nos imaginários míticos ancestrais. E, nesse refúgio, silenciava a depressão com cores vivas e por meio do gigantismo das formas, uma maneira de desmentir a pequenez humana.

Ela foi vitimada por vários golpes. Em 1930, finda o casamento com Oswald de Andrade. Contudo, remedeia a depressão com o trabalho. 

Nos anos 60, a depressão acaba levando certa vantagem, pelo fato de Tarsila ter passado por dois eventos traumáticos sucessivos. Em 1965, vítima de um erro médico, fica paralítica. Um ano depois, perde sua filha única, Dulce, por conta do diabetes.

Neste momento, Tarsila procura refúgio na espiritualidade, vinculando-se ao Espiritismo e tornando-se amiga de Chico Xavier. Passou a doar parte do dinheiro da venda de seus trabalhos para uma instituição administrada pelo médium.

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